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A forma de trabalhar no futuro. Será que estamos preparados?

O Vale do Silício mudou nossa forma de trabalhar (para melhor ou pior, dependendo do ponto de vista). Nossos smartphones nos mantêm conectados ao escritório o tempo todo, enquanto buscas na internet trazem as informações do mundo para a ponta dos nossos dedos.
O formato de trabalho está mudando, é nítido que, cada vez mais, os projetos têm que ser entregues em períodos menores, se comparado com anos atrás, seja por causa da concorrência, seja por causa da demanda dos clientes. Em vez de um ano, as empresas querem colocar uma idéia na frente de um cliente em uma semana. E pode ficar ainda mais ágil.

A parte ágil desse conceito de gestão (cada vez mais popular) é simples: em vez de tentar fazer projetos gigantes que levam meses ou mesmo anos, crie pequenas equipes que fazem um pouco de cada vez. Desta forma, pequenos problemas não se tornam enormes, escondidos dentro de uma enorme burocracia, e o progresso pode ser medido em pequenos passos, um pequeno projeto de cada vez.

O padrão dos organogramas corporativos parecia (ainda parece) algo como uma linha de montagem de fábrica, com empregos muito bem definidos. Essas organizações de fábrica exibiam poder com escritórios e salas individuais.
Sabe aquela cultura igualitária, onde o chefe se senta entre os funcionários, todos compartilham os mesmos desafios? Isto foi criado a décadas atrás pelos fundadores da Intel.
Mais recentemente, aquela prática do do Google de cuidar das necessidades diárias dos funcionários, como transporte gratuito, lavanderia, academia, alimentação saudável (tudo para que eles pudessem se concentrar totalmente no trabalho)? Um misto disso tudo foi adotado com sucesso em outras indústrias.
Muitas empresas, de diversos segmentos, ao redor do mundo, estão adotando um conceito de indústria de tecnologia chamado desenvolvimento ágil ou metodologia ágil.
A metodologia ágil já é conhecida de longa data, desde a década de 80 e é utilizada inclusive na indústria, como por exemplo, o modelo de produção enxuta da Toyota, que é uma forma ágil de produção e que evita o desperdício.

As pessoas podem não perceber que esse é um dos aspectos mais sutis de como operam as empresas de tecnologia que muitas vezes têm um efeito mais duradouro em outras indústrias.
Muito se fala sobre Airbnb e Uber, mas isso é o produto final da linha de montagem e não a linha de montagem em si.

A computação em nuvem (colocar seus dados ou softwares dentro de servidores em data centers acessíveis pela internet) está tendo uma influência extraordinária. A computação em nuvem (tecnologia) e a metodologia ágil (conceito de gerenciamento) provaram ser uma combinação forte para criar e ajustar produtos mais rapidamente do que a concorrência.
As novas tecnologias e as idéias gerenciais que vêm com elas sempre apresentaram riscos para os trabalhadores de base. Por exemplo: o e-mail melhorou as comunicações e ajudou a acabar com uma camada de gestão que era responsável por essa comunicação dentro de grandes empresas. As redes globais de fibra uniram o mundo e tornaram mais fácil a terceirização de empregos para outros países. E a automação e a robótica eliminaram incontáveis trabalhos de manufatura.

Falando mais especificamente de computação em nuvem, o risco (pelo menos por enquanto) parece mais sutil para os trabalhadores. Mas os benefícios e impactos já podem ser vistos.
O trabalhador médio pode ter horas mais flexíveis. O que isso pode realmente significar é que foi criada a expectativa que se trabalhe o tempo todo. E espera-se que reajam mais rapidamente às demandas das empresas, com habilidades mais variadas.

Um exemplo da aplicação da metodologia ágil é a do Museu de Artes e Ciências Aplicadas de Sydney onde, a partir de computadores tradicionais para sistemas de computação em nuvem, eles têm todas as exposições planejadas, levantam dinheiro, etc, tudo através um um software chamado Jira (existem outros no mercado, como o Trello, por exemplo). Eles usam o software para tudo, desde trocar lâmpadas. As reuniões foram drasticamente diminuídas. Percebe-se que as ferramentas se tornaram mais importantes que os organogramas. Os projetos mudam e as pessoas são rapidamente colocadas dentro e fora deles, com muita agilidade e sem perda de tempo.
O ponto a ser discutido agora é o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, o que parece estar cada vez mais flexível e retirando aquela diferença entre o profissional e o pessoal, entre estar trabalhando e estar fazendo outra coisa que não trabalhando. Por exemplo, se você precisa estar em casa às 16h por escolha pessoal, pode compensar esta saída mais cedo após colocar o seu filho na cama e trabalhar até as 22h. Isso é bom para os profissionais, sem dúvida. É a flexibilidade entrelaçada a responsabilidade.
A nova geração que está entrando no mercado de trabalho agora, que não desliga nunca e quer também aproveitar a sua vida, espera algo diferente do modelo atual de trabalho, e este modelo que está se mostrando uma tendência, consegue se ajustar para acomodar estes novos profissionais, ao invés de tentar de qualquer forma moldá-los nos padrões atuais, o que já sabemos que seria conflituoso.

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